top of page
Search

Teoria do Espelho

  • Writer: Teorias do Jornalismo
    Teorias do Jornalismo
  • Apr 29, 2019
  • 2 min read

Updated: May 6, 2019


Segundo o autor Alexandre Castro, no artigo ‘Teorias do Jornalismo, Universidade e Profissionalização: Desenvolvimento Internacional e Impasses Brasileiros’,a Teoria do Espelho é a teoria mais antiga do Jornalismo, considerada a partir de 1850. Ela surgiu no contexto de mudanças, em contraponto a atividade jornalística literária, partidária, panfletária e sensacionalista que ocorria até então. Por isso, os jornalistas objetivavam ser profissionais da imprensa real, que assim como a recém inventada fotografia, poderia reproduzir fielmente a realidade.

A Teoria do Espelho, vê a atividade do jornalista como reflexo da realidade. De acordo com Nelson Traquina (2002) essa teoria considera o jornalista um comunicador desinteressado, ou seja, sem interesses a defender, que o desviem de informar, contar o que aconteceu e dizer a verdade, doa a quem doer.

Hoje, a ideia de que o jornalismo é construção da realidade é mais considerada do que a Teoria do Espelho, pois o jornalista escolhe quem ouvir, o que colocar na matéria e o que deixar de fora, por exemplo, além dos interesses pessoais.Felipe Pena (2013) refuta a ideia de que o jornalista é apenas um mediador desinteressado e sem opiniões pessoais, ele acredita que há sempre mediação nas transmissões dos acontecimentos. O autor defende que as notícias ajudam na construção da realidade, não sendo possível ser apenas um reflexo do real. Para Victor Gentilli (2005) o jornalista também é mediador ativo, pois  a informação não chega ao receptor em estado bruto, ele as manipula quando faz suas pré-escolhas, pré-filtragem e prejulgamentos.

A partir da Teoria desenvolveu-se algumas bases para o jornalista exercer sua profissão, como a objetividade, a definição do que é fato e o que é opinião (uma notícia e uma reportagem devem contentar-se em apresentar os fatos) e a busca pela verdade (jornalista não interfere). Apesar de já refutada, essas características continuam sendo importantes para que o profissional - na impossibilidade de ser uma figura neutra na transmissão das notícias - esteja ao menos buscando ser o mais fiel a realidade possível.


- Carla Tortato


No filme o resgate de um campeão é nítido que o Jornalismo não é reflexo da realidade. Isso porque o jornalista Erik Kernan erra ao acreditar demais na fonte, que mente. Ao fazer isso, há a comprovação de que essa profissão nem sempre traz a verdade - mesmo quando a almeja. Outro ponto que destaca a refutação dessa teoria é quando fica nítido que Kernan, que está envolvido emocionalmente com Bob Satterfield/Tommy Kincaid (por isso, não consegue ser imparcial) e que tem interesses relacionados à publicação da reportagem (conseguir prestígio).

O jornalista Erik Kernan, já amigo de sua fonte, apresenta o ex pugilista para seu filho

 
 
 

Comments


bottom of page